"Chove... pode chover! Preciso de chuva no rosto pra lavar esses pontos de interrogação que insistem em aparecer..."
(Brenna C.)
[...] Quando ele foi embora naquela noite fria eu sabia que não o veria mais. Quando eu pedi pra que ele não sumisse, tinha plena certeza de que era justamente isso o que iria acontecer. E foi!
Saiu da minha vida do mesmo jeito das outras vezes: sem explicação. E pra que explicar o que não se explica?
Pena que dessa vez não me fez a mesma falta... A gente se acostuma com as coisas, mesmo as ruins... Eu me acostumei a isso.
Dessa vez, não me deu vontade de procurar. Não me deu vontade de ir atrás, de ligar, de falar...
Dessa vez eu entendi. Quer ir? Tá massa! Valeu!
Não vou mais sentir falta do que nunca tive... Do que não me pertence, do que não se importa comigo...
Pra você, deixo apenas o meu Adeus... É a única coisa que posso dizer, é a unica coisa que tenho para você hoje!
Hoje chove...
Eu poderia sentir aquela saudade do abraço, do beijo, do calor, mais não...
Eram abraços e beijos vazios, e vazio é uma coisa que não preenche, porque não existe nada a oferecer.
Eu não sinto dor, nem falta, nem me preocupo, não procuro mais...
É uma procura no escuro por alguém que não quer se achar... Só lamento...
Hoje chove... E vindo pra casa sentindo a chuva na cara eu percebi que já não precisava mais da sua presença na minha vida... Fiz uma reflexão dos últimos dias em que me diverti tanto que, olhe só, acabei esquecendo de você!
Hoje eu vou abrir um vinho...
Seria triste fazer isso e lembrar de que era com você que eu brindava...
Mais dessa vez será diferente!
Eu bebo só, brindo só, comemoro só...
Afinal, quem quiser brindar comigo, agora terá de fazer por onde merecer o meu 'tintin'!
Portanto, um brinde a nós!
A tudo o que a gente não foi!
Um brinde as raivas que eu estou deixando de ter, as lágrimas que eu estou deixando de derramar, e as palavras que, em vão, eu iria falar...
Um brinde solitário a mim e a você!
A mim por ter, finalmente, tomado a atitude de te esquecer. E a você por ser, novamente, covarde o suficiente para não olhar nos meus olhos e, dessa vez, me escutar pronunciar cada sílaba da palavra adeus!