segunda-feira, 26 de setembro de 2011

O dia de Viver!



Ela colocou seu salto mais bonito, ajeitou a juba, pintou-se em cores novamente, soltou um sonoro putaqueopariu e partiu de peito aberto pra vida!
Era disso que precisava. De viver.
Viver sem se incomodar com a complexidade do rabo da catenga ou com a fome dos camarões brancos. Ela precisava dar-se atenção.
Já tinha disperdiçado muito tempo, força e beleza com palavras que jamais foram absorvidas. Ficaram vagando como almas penadas no ar.
Agora ela fala pra quem quer ouvir. Abraça quem quer sentir.
Novamente assume as rédeas da sua vida, de forma a retomar tudo o que deixou para trás: antigos projetos, estudos, amigos...
Hoje ela é dela. Se pertence.
Hoje é o dia do NÃO!
De não dar satisfação!

domingo, 11 de setembro de 2011

O que você quer?


O que é que você realmente quer?
Quer meu corpo? Minha alma?
Meu olhar? Meu sorriso? Minha voz?
Meus pensamentos, soltos ou dominados pelo medo desenfreado do sentir?
Você quer meus passos? Minha música?
Minha agenda do telefone ou as minhas indagações?
Quer beber? Fumar? Fugir?
Você quer sentir-se em mim? Quer me conhecer ou me ignorar?
Você quer o amanhecer ou a doce penumbra do crepúsculo ao anoitecer?
Quer minha risada? Meu choro? Minhas mágoas?
Me segurar no colo? Correr conta o vento?
Você quer baile de gala na sociedade ou um filme a dois com pipoca e vinho?
Quer um beijo? Sexo selvagem? Quer carinho, afeto ou apenas minha atenção?
Você quer música alta ou o silêncio da minha respiração?
Quer me ter ofegante ou na calmaria de uma brisa suave na beira da praia?
Você me quer nua? Me quer molhada? Quer amor?
Você me quer inteira ou pela metade?
Quer dormir ou passar a madrugada contando histórias e gargalhando até o amanhecer?
Você quer dormir de conchinha ou me deixar esparramar no seu peito?
Quer que eu vá embora? Que te deixe só?
Quer seu espaço? Seu Mundo?
Você quer que eu continue ou que desista?
Quer ir devagar ou quer simplesmente parar?
Quer decidir ou me enrolar?

Você... O que realmente você quer?

Deserto de Ilusões



Minha alma árida anseia por um oásis
Que me trará de volta o verde vida
Que dois olhos roubaram de mim

Hoje, seca, desértica
Clamo solene por ajuda
Que me tragam de volta pra vida
Que me joguem de volta no meu corpo

Pois meus pés não suportam mais vagar
No deserto de ilusões em que meu coração está
E solitário queima ao sol, e angustiado chora só
Num penar dramático em que se é proibido murmurar

Calada estou
Sem vida estou
E o que restou?
somente dor...

/Criis

domingo, 4 de setembro de 2011

Todo som que sai da minha boca é amor...




Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda...
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando!
Coração na boca, peito aberto, vou sangrando...
São as lutas dessa nossa vida
Que eu estou cantando
Quando eu abrir minha garganta, essa força tanta
Tudo que você ouvir
Esteja certa que estarei vivendo
Veja o brilho dos meus olhos
E o tremor nas minhas mãos
E o meu corpo tão suado
Transbordando toda a raça e emoção

E se eu chorar
E o sal molhar o meu sorriso
Não se espante, cante!
Que o teu canto é a minha força pra cantar!
Quando eu soltar a minha voz
Por favor, entenda...
É apenas o meu jeito de viver
O que é amar...

(Gonzaguinha - Sangrando)
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Quando eu comecei a cantar, não tinha noção das proporções em que isto poderia chegar...
Comecei tão novinha... Influência dos primos mais velhos que tinham uma banda de rock! Ahhhhh... eu adorava rock desde pequena! Cresci ouvindo o BOM Rock n' roll: Europe, Scorpions, Guns n' Roses, Bom Jovi, Aerosmith, dentre outras bandas que até hoje gosto! Nesse tempo, aprendi a tocar bateria: Meu primeiro instrumento musical!

O tempo foi passando e eu continuei cantando. Na igreja, fazia a alegria da galera! Mais era um dom inexplorado... Eu era um diamante bruto, que ninguém jamais fez questão de lapidar...
Eu tinha uma potência vocal incrível... Que, com o mau uso da própria, fui perdendo com o passar dos anos... E com isso, eu achava que não poderia mais cantar.

Cheguei num momento crítico em que até mesmo falar incomodava... Era uma rouquidão eterna... Eram nódulos nas pregas vocais... Foi o fim!
O fim da Edite Cristinna Ribeiro e o Início da Cris Ribeiro. Com o tratamento aprendi muita coisa, e pros que pensaram que eu estava acabada, eis que eu reapareço!

Aos poucos vou retomando meu lugar. De uma forma diferente, sem pisar em ninguém, sem fazer de ninguém meu degrau... Apenas fui (vou) aprendendo com os meus erros e crescendo com os meus acertos, sem menosprezar ou diminuir ninguém.
Não vim pra tomar o espaço de ninguém... Estou apenas reconquistando tudo o que perdi pela falta de responsabilidade e experiência do passado...

Sofri demais durante o tempo em que me afastei. Tinha decidido parar para sempre... Até me dediquei a aprender a tocar alguns instrumentos pra não me afastar de vez da música. Com isto aprendi ainda mais. Adquiri um pouco mais de conhecimento e hoje eu vejo isso como um divisor de águas na minha vida...

E pra quem dizia que eu jamais iria cantar novamente, eu digo que o que eu faço hoje está longe de ser apenas 'canto'. O que faço é amor!
Então:

Quando eu soltar a minha voz
Por favor entenda...
Que palavra por palavra
Eis aqui uma pessoa se entregando!


É assim. Foi questão de tempo aceitar isso. Agora é pra valer!