sábado, 19 de fevereiro de 2011

Palavras ao vento...

As vezes eu escrevo.
Escrevo por gostar de me esconder atrás das palavras...
Por não querer demonstrar pessoalmente o que sinto.
Por não ter coragem de olhar nos olhos e despejar sentimentos. Me sentir nua.
Não me dispo na frente de ninguém. Isso em quase todos os âmbitos da minha vida.
Óbvio que não faço sexo vestida! Simplesmente não o faço. Escolha minha. Ponto.
Não me dispo no amor. Prefiro ser uma incógnita. Mais amo... Amo como se não houvesse amanhã.
E cuido. Como se eu mesma tivesse parido. E pari...
Não um filho, mais um sentimento. Esse eu tenho o dever de cuidar.

Não sou amada. Mais espero.
Meu único medo é que do alto da minha loucura gotejante esse sentimento se perca.
Eu não domino o amor em mim, ele chega, invade, fere, maltrata, insiste e se vai...
Não sei como, mais ele simplesmente some. E some para sempre...

Daí eu fico esperando a minha vez. E se ela não chegar?
E se chegar e eu não mais quiser?
Eu tento desistir. Mais algo me impede.
Talvez sejam aqueles olhos. Eles me pedem não não ir embora...
Cada vez que eu decido partir, naquela viagem sem volta que o amor em mim faz, eles pedem que eu não vá.
Eu não ouço. Mais sinto.
E sinto, sem pedir nada em troca.
Esperando pacientemente a minha vez.
E se ela não chegar? Tudo bem.
Eu não cobro por amar.

/criis


"Eu tenho um milhão de motivos pra fugir de pensar em você, mas em todos esses lugares você vai comigo. Você segura na minha mão na hora de atravessar a rua, você me olha triste quando eu olho para o celular pela milésima vez, você sente orgulho de mim quando eu solto uma gargalhada e você vira o rosto se algum homem vem falar comigo. Você prefere não ver, mas eu vejo você o tempo todo."
(Tati Bernardi)

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