Trecho de um texto resenhado por mim sobre o livro “Alegria de Ensinar” do autor Rubem Alves.
[Este texto refere-se às diversas maneiras de como um educador pode agir com seus alunos sem, no entanto "acabar com os seus sonhos", mais sim sonhar junto com a criança pra melhor entender o seu mundo!!!!]
O autor faz uma menção interessantíssima num dos capítulos, à brincadeira boca e forno, que leva ao aluno a tornar-se ecos, ou apenas seres repetitivos, incapazes de voar mais longe, eles se restringem apenas aquilo que ‘seu mestre mandar’, esquecendo-se que tem muito mais além daquilo que o ‘mestre mandou’. Ou seja, se poupam de pensar, de agir além do que lhes foi mostrado, ou como o próprio autor denomina, o “saber testado”.
O que mais o autor faz no decorrer do livro são metáforas, todas elas comparando coisas corriqueiras à educação, as escolas, aos alunos. Uma delas me chamou bastante atenção, pois justamente trata-se de uma realidade bastante presente na vida de um educador, as crianças antes de serem ‘educadas’ e no decorrer da sua infância, apenas preocupam-se em brincar, ou seja, são inúteis aos olhos da sociedade capitalista atual. A sociedade espera lucros, renda, portanto as crianças têm que ser educadas com um só propósito: o de gerar renda. Portanto, elas são moldadas em uma forma só, independente da profissão que elas sigam, o objetivo será sempre o mesmo.
O homem tem em si um universo inteiro, ou seja, ele poderá explorar o que ele quiser dentro de si, somos um campo vasto de possibilidades, podemos escolher o que quisermos desenvolver e adormecer aquilo que não nos será necessário. Da mesma forma um educador trabalha com seus alunos, ele adormece neles o que não vem ao caso ser trabalhado e incita-o a desenvolver atividades que lhes trarão o tão sonhado ‘futuro melhor’, fazendo uma comparação, os alunos são como a lagarta, que está à espera de sua metamorfose, mais um dia nelas se desenvolverão asas, e ela estará apta a seguir seu verdadeiro destino: ser borboleta. O aluno passa longos anos no casulo, mais um dia ele acaba sua metamorfose, seu desenvolvimento, e voará rumo a novos horizontes.
É sem duvida uma das maiores verdades, que a Palavra tem um imenso poder de mudança, ou melhor, a Palavra tem o poder de moldar. Moldar indivíduos. O que seria do educador sem o poder da Palavra? Porém não se pode abusar deste poder, pois ela poderá transparecer aos nossos alunos sentimentos que não devem ser levados à sala de aula, como rancor, desatenção, estresse, o aprendizado do aluno independe do seu estado de espírito, ele simplesmente tem que acontecer de forma satisfatória. O que se espera de um educador, é que ele consiga usar o seu poder da Palavra sem destruir os sonhos e as possibilidades desenvolvidas pelos seus alunos, para que eles ao se transformarem em borboleta, não sintam a estranha sensação de que deveriam ter permanecido lagarta, ou seja, ser transformada naquilo que nunca desejou ser.
Às vezes o egocentrismo do educador não permite que ele veja as revelações da sabedoria infantil, mesmo os grandes filósofos mostram-se humildes ao se dispor a aprender com as crianças. Mesmo Jesus Cristo nos recomendou sermos tal qual as crianças para que possamos adentrar o Reino dos Céus, apenas as crianças – nossos alunos – sabem o que nos é fundamental sem mesmo necessitar dizer-nos. Temos sempre a alienação de ver as crianças como seres inacabados, que apenas se tornarão ‘completas’ após longos anos de aprendizado pedagógico, mais jamais nos dispomos a aprender com elas.
Os nossos alunos-borboletas esperam que nós lhes ensinemos a voar, a buscar novos horizontes, quanto maiores, mais vastos, mais felizes elas serão: terão um futuro brilhante! Entretanto sempre haverá aquelas borboletas amedrontadas, que por medo de arriscar um vôo com suas asas frágeis, restringem-se a continuar lagartas, estacionadas a uma condição favorável. Desta forma o aluno precisa continuar a voar, buscando sempre o desconhecido. Segundo o autor, pensar é voar sobre o que não se sabe, e que as escolas existem não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas formando assim, cidadãos críticos.
Como educadora vejo que a principal preocupação dos professores quanto ao ensino está apenas ligada em adquirir instrumentos que facilitem o seu trabalho e não compreendem que o único instrumento que as crianças necessitam seja sonhar, pois através do sonho nasce o pensamento, tal qual uma semente a ser depositada ao solo, que precisa desenvolver-se não apenas com luz e água mais com os cuidados e atenção de seu dono, pois a criança não apenas precisa de regras matemáticas, linguagem, e escrita e sim um embasamento afetivo e cognitivo, pois através destes, será portador de conhecimento científico. Portanto os educadores deveriam ser intérpretes de sonhos.
Eu simplesmente AMO Rubem Alves!!!!
[Este texto refere-se às diversas maneiras de como um educador pode agir com seus alunos sem, no entanto "acabar com os seus sonhos", mais sim sonhar junto com a criança pra melhor entender o seu mundo!!!!]
O autor faz uma menção interessantíssima num dos capítulos, à brincadeira boca e forno, que leva ao aluno a tornar-se ecos, ou apenas seres repetitivos, incapazes de voar mais longe, eles se restringem apenas aquilo que ‘seu mestre mandar’, esquecendo-se que tem muito mais além daquilo que o ‘mestre mandou’. Ou seja, se poupam de pensar, de agir além do que lhes foi mostrado, ou como o próprio autor denomina, o “saber testado”.
O que mais o autor faz no decorrer do livro são metáforas, todas elas comparando coisas corriqueiras à educação, as escolas, aos alunos. Uma delas me chamou bastante atenção, pois justamente trata-se de uma realidade bastante presente na vida de um educador, as crianças antes de serem ‘educadas’ e no decorrer da sua infância, apenas preocupam-se em brincar, ou seja, são inúteis aos olhos da sociedade capitalista atual. A sociedade espera lucros, renda, portanto as crianças têm que ser educadas com um só propósito: o de gerar renda. Portanto, elas são moldadas em uma forma só, independente da profissão que elas sigam, o objetivo será sempre o mesmo.
O homem tem em si um universo inteiro, ou seja, ele poderá explorar o que ele quiser dentro de si, somos um campo vasto de possibilidades, podemos escolher o que quisermos desenvolver e adormecer aquilo que não nos será necessário. Da mesma forma um educador trabalha com seus alunos, ele adormece neles o que não vem ao caso ser trabalhado e incita-o a desenvolver atividades que lhes trarão o tão sonhado ‘futuro melhor’, fazendo uma comparação, os alunos são como a lagarta, que está à espera de sua metamorfose, mais um dia nelas se desenvolverão asas, e ela estará apta a seguir seu verdadeiro destino: ser borboleta. O aluno passa longos anos no casulo, mais um dia ele acaba sua metamorfose, seu desenvolvimento, e voará rumo a novos horizontes.
É sem duvida uma das maiores verdades, que a Palavra tem um imenso poder de mudança, ou melhor, a Palavra tem o poder de moldar. Moldar indivíduos. O que seria do educador sem o poder da Palavra? Porém não se pode abusar deste poder, pois ela poderá transparecer aos nossos alunos sentimentos que não devem ser levados à sala de aula, como rancor, desatenção, estresse, o aprendizado do aluno independe do seu estado de espírito, ele simplesmente tem que acontecer de forma satisfatória. O que se espera de um educador, é que ele consiga usar o seu poder da Palavra sem destruir os sonhos e as possibilidades desenvolvidas pelos seus alunos, para que eles ao se transformarem em borboleta, não sintam a estranha sensação de que deveriam ter permanecido lagarta, ou seja, ser transformada naquilo que nunca desejou ser.
Às vezes o egocentrismo do educador não permite que ele veja as revelações da sabedoria infantil, mesmo os grandes filósofos mostram-se humildes ao se dispor a aprender com as crianças. Mesmo Jesus Cristo nos recomendou sermos tal qual as crianças para que possamos adentrar o Reino dos Céus, apenas as crianças – nossos alunos – sabem o que nos é fundamental sem mesmo necessitar dizer-nos. Temos sempre a alienação de ver as crianças como seres inacabados, que apenas se tornarão ‘completas’ após longos anos de aprendizado pedagógico, mais jamais nos dispomos a aprender com elas.
Os nossos alunos-borboletas esperam que nós lhes ensinemos a voar, a buscar novos horizontes, quanto maiores, mais vastos, mais felizes elas serão: terão um futuro brilhante! Entretanto sempre haverá aquelas borboletas amedrontadas, que por medo de arriscar um vôo com suas asas frágeis, restringem-se a continuar lagartas, estacionadas a uma condição favorável. Desta forma o aluno precisa continuar a voar, buscando sempre o desconhecido. Segundo o autor, pensar é voar sobre o que não se sabe, e que as escolas existem não para ensinar as respostas, mas para ensinar as perguntas formando assim, cidadãos críticos.
Como educadora vejo que a principal preocupação dos professores quanto ao ensino está apenas ligada em adquirir instrumentos que facilitem o seu trabalho e não compreendem que o único instrumento que as crianças necessitam seja sonhar, pois através do sonho nasce o pensamento, tal qual uma semente a ser depositada ao solo, que precisa desenvolver-se não apenas com luz e água mais com os cuidados e atenção de seu dono, pois a criança não apenas precisa de regras matemáticas, linguagem, e escrita e sim um embasamento afetivo e cognitivo, pois através destes, será portador de conhecimento científico. Portanto os educadores deveriam ser intérpretes de sonhos.
Eu simplesmente AMO Rubem Alves!!!!
"A única finalidade do saber adulto é permitir que a criança que mora em nós continue a brincar."
Rubem Alves
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